O cannabis medicinal é usado em tratamentos há milhares de anos, mas no Brasil o seu primeiro uso foi somente em 2014. O caso da pequena Anny Fischer ficou conhecido como um dos primeiros tratamentos.
A criança de apenas 5 anos de idade foi a primeira a fazer uso legal de Cannabis medicinal para aliviar os quadros de epilepsia refratária e seus principais sintomas. A partir de então estudos sobre o uso da planta na medicina se intensificaram ainda mais e ela passou a ser regulamentada aqui no país.
O processo foi muito burocrático, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) auxiliou todo o processo.
Aqui no Instituto Atenas somos especialistas no assunto, e por isso separamos um conteúdo especial. Para saber mais, continue a leitura!
Como é feito o uso da cannabis medicinal?
O canabidiol (CBD) e o tetra-hidrocanabinol (THC) são dois dos principais componentes extraídos da cannabis e usados para a produção de medicamentos. No entanto, que fique claro que o uso da concertação desses componentes nos medicamentos é muito inferior ao que é usado na maconha de uso recreativo.
Segundo o professor da FMUSP e neurologista no HCFMUSP, Dr. Renato Anghinah:
“A quantidade de THC nos remédios é de apenas 0,3%. No cigarro de maconha a quantidade varia entre 10% a 15%”.
Em que casos a cannabis medicinal é indicada?
O uso do CBC é usado em casos de algumas doenças degenerativas como, por exemplo, o Parkinson e o Alzheimer. Graças ao uso desses medicamentos à base da cannabis os pacientes conseguem grandes melhorias na condição, não é possível a remissão, mas, por outro lado, melhora a qualidade de vida significantemente.
Com o uso também é possível realizar tratamentos com ótimos resultados em dores crônicas. Afinal, essas doenças muitas vezes estão associadas a quadros de ansiedade, depressão e outras comorbidades. O CBC reduz gatilhos emocionais como esse que desencadeiam tais problemas crônicos.
Em alguns casos o uso da cannabis medicinal é muito questionada, como na Esclerose Amiotrófica (ELA). No entanto, destacamos desde já que atualmente não há estudos específicos que comprovem a eficácia. Alguns médicos indicam para o cuidado paliativo, mas não necessariamente para o tratamento.
Como conseguir o medicamento?
Primeiramente, vale destacar que o uso da Cannabis medicinal só é possível diante de uma receita dada por um médico habilitado. Além disso, é necessário um cadastro na Anvisa que consta na Resolução RDC Nº 660, de 30 de março de 2022.
No entanto, o procedimento pode ser feito online e permissão do uso é dado somente para ataques que comprovam a necessidade médica. A cada seis meses é necessário repetir o procedimento para obter um novo consentimento.
Vale destacar que no Brasil o tratamento ainda é bem restrito pois só há a produção apenas do CBC isolado envasado e não atende a todas as doenças. É possível encontrar algumas ONGs que trabalham na produção de outros subtipos
Os benefícios do óleo de cannabis
O óleo vai bem mais além do que o simples extrato da planta e reúne uma série de vantagens para fins medicinais. Para a produção dele são usadas quantidades balanceadas de CBC e THC que atuam para a saúde livre de efeitos colaterais.
Vale destacar que a fórmula do óleo de cannabis passa por um controle maior de fiscalização de venda em relação a outras formas da cannabis no mercado. Mas ele conta com concentrações ideais para o tratamento de muitas doenças.
Como destacamos anteriormente, a epilepsia é uma das principais doenças tratadas com o óleo. Muitas pessoas que possuem essa doença encontram dificuldades para conseguir acesso ao produto. Por isso, a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (ABRACE) trabalha na distribuição.
Médicos prescrevem o óleo para problemas de saúde mental que causam muito estresse. Afinal, os efeitos do óleo de cannabis são bem similares ao uso de antidepressivos e ansiolíticos.
Problemas de insônia em alguns casos também podem ser tratados com o uso do óleo. Alguns estudos avaliam o CBC e seus benéficos no uso terapêutico psiquiátrico tratando redução da ansiedade e estresse, que são os principais problemas que fazem com que os pacientes enfrentem problemas para dormir.
Principais estudos de uso da cannabis medicinal
Com o uso cada vez mais aceito no campo medicinal, centenas de estudos analisam o uso da cannabis medicinal para:
- Efeitos euforizantes e ansiolíticos;
- Para tratamento de ansiedade;
- Tratamento da depressão;
- Ação anticonvulsivante:
- Atividade antitumoral e anti-inflamatória no câncer;
- estímulo do apetite no estado de caquexia;
- Diminuição da pressão intraocular, útil nos casos de glaucoma;
Aqui no instituto Atenas estamos sempre por dentro das principais atualizações dos estudos voltados para o uso da cannabis medicinal.
Acompanhamento profissional para cannabis medicinal
Como destacamos anteriormente, é possível conseguir o tratamento com o uso do cannabis medicinal para várias doenças. No entanto, o indicado é procurar um médico especialista na área.
Aqui no Instituto Atenas contamos com um time de médicos e profissionais altamente capacitados e especialistas na cannabis medicinal. Agende já a sua consulta!
Conclusão
Ao decorrer do conteúdo explicamos os principais assuntos a respeito do uso da cannabis medicinal. O uso é regulamentado aqui no país desde 2015, mas, ainda é muito restrito e precisa passar por uma análise e aprovação criteriosa.
No entanto, é possível sim usar a cannabis para o tratamento medicinal de várias doenças devolvendo a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, no tratamento paliativo dos principais sintomas do câncer no estágio final.